PESQUISA SOBRE METODOLOGIAS PARA
DEFICIENTES VISUAIS
“O primeiro impacto de ter uma aluno cego em
classe pode ser difícil, pois exige uma adaptação por parte dos professores e
colegas. Mas, em 90% dos casos, a criança acaba frequentando as aulas
tranquilamente, sem a necessidade de um assessor para ajudá-la", pondera
Shirley Monteiro Maciel, pedagoga especializada em deficiência visual que
trabalha nas cidades de Mauá e Santo André, na grande São Paulo.
Todos nós sabemos, como já foi
difícil a inclusão de deficientes visuais na sociedade, porém nos dias de hoje,
com a evolução da tecnologia e informatização tudo ficou bem mais fácil. Meu
principal objetivo é mostrar como utilizar algumas metodologias, que auxiliam
no cotidiano escolar desses alunos. Como os professores podem melhorar o
processo educativo desses indivíduos.
Abaixo relacionei algumas metodologias que podem ser utilizadas, para os
alunos deficientes visuais:
- Música ( através do rádio os alunos podem ter acesso à vários
conteúdos)
- Blog (também pode ser feito por deficientes visuais)
- Internet ( vários programas já são adaptados aos deficientes visuais)
- Jornal online ( pode ser feito através de programas especiais)
- Jornal impresso (pode ser feito em Braille através de impressoras
adaptadas)
Existe uma grande variedade de programas
adaptados à Deficientes visuais, os mais usados são:
DOSVOX que é um programa de leitura de tela, feito no Brasil, que utiliza um
sintetizador de voz.
Braille Fácil que é um programa
que permite digitar diretamente ou importar um texto de um editor de texto
convencional para preparar textos que podem ser enviados para uma impressora Braille.
Podemos observar, que existe uma
grande variedade de recursos à serem utilizados no aprendizado dos alunos com deficiência
visual. Então não vamos perder tempo!!
“A cegueira é um fato psicológico,
não é uma desgraça. Esta se converte em desgraça como fato social [...]. Decididamente todas as particularidades psicológicas da criança com
deficiência têm a base não só no núcleo biológico, e sim no social.”
(VYGOTSKY, 1989, p.58
Referências Bibliográficas:
http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/inclusao-deficiente-visual-752505.shtml.
Acesso em 02 de janeiro de 2014
POR: KÁTIA REGINA
PESQUISA SOBRE METODOLOGIAS
Recursos
didáticos são todos os recursos físicos, utilizados com maior ou menor
frequência em todas as disciplinas, áreas de estudo ou atividades, sejam quais
forem às técnicas ou métodos empregados, visando auxiliar o educando a realizar
sua aprendizagem mais eficientemente, constituindo-se num meio para facilitar,
incentivar ou possibilitar o processo ensino-aprendizagem. De um modo genérico,
os recursos didáticos podem ser classificados como:
Naturais: elementos de
existência real na natureza, como água, pedra, animais.
Pedagógicos:
quadro, flanelógrafo, cartaz, gravura, álbum seriado, slide, maquete.
Tecnológicos:
rádio, toca-discos, gravador, televisão, vídeo cassete, computador, ensino
programado, laboratório de línguas.
Para
alcançar desempenho eficiente, o aluno deficiente visual, especialmente o aluno
cego, precisa dominar alguns materiais básicos, indispensáveis no processo
ensino-aprendizagem. Entre esses materiais, destacam-se: reglete e punção,
sorobã, textos transcritos em Braille e gravador
Para alunos de visão
subnormal, na maioria dos casos, os recursos didáticos mais usados são:
- cadernos com margens
e linhas fortemente marcadas e espaçadas;
- lápis com grafite de
tonalidade forte;
- caneta hidrocor
preta;
- impressões
ampliadas;
- materiais com cores
fortes e contrastantes.
Na
seleção, adaptação ou elaboração de recursos didáticos para alunos deficientes
visuais, o professor deverá levar em conta alguns critérios para alcançar a
desejada eficiência na utilização dos mesmos, tanto para crianças cegas como
para as crianças de visão subnormal.
Tamanho:
os materiais devem ser confeccionados ou selecionados em tamanho adequado às
condições dos alunos. Materiais excessivamente pequenos não ressaltam detalhes
de suas partes componentes ou perdem-se com facilidade. O exagero no tamanho
pode prejudicar a apreensão da totalidade (visão global).
Significação
Tátil: o material precisa possuir um relevo perceptível
e, tanto quanto possível, constituir-se de diferentes texturas para melhor
destacar as partes componentes. Contrastes do tipo: liso/áspero, fino/espesso, permitem
distinções adequadas.
Aceitação:
o material não deve provocar rejeição ao manuseio, fato que ocorre com os que
ferem ou irritam a pele, provocando reações de desagrado.
Estimulação
Visual: o material deve ter cores fortes e contrastantes
para melhor estimular a visão funcional do aluno deficiente visual.
Fidelidade:
o material deve ter sua representação tão exata quanto possível do modelo
original.
Facilidade
de Manuseio: os materiais devem ser simples e de
manuseio fácil, proporcionando ao aluno uma prática utilização.
Resistência:
os recursos didáticos devem ser confeccionados com materiais que não se
estraguem com facilidade, considerando o frequente manuseio pelos alunos.
Segurança:
os materiais não devem oferecer perigo para os educandos.
Recursos didáticos específicos
A
dificuldade de contato com o ambiente, por parte da criança deficiente visual,
impõe a utilização frequente de modelos com os quais podem ser razoavelmente
superados problemas de: tamanho dos objetos originais, distância em que se
encontram e impossibilidade de contato.
A melhor maneira de se dar ao aluno deficiente visual a noção
do que seja uma montanha, por exemplo, é mostrar-lhe um modelo deste acidente
geográfico. Ainda que se considere a possibilidade de a criança subir a
elevação, terá ela apenas a ideia do caminho percorrido.
Os modelos devem ser criteriosamente escolhidos e, sempre que
possível, sua apresentação ao aluno ser acompanhada de explicações verbais
objetivas. Objetos muito pequenos podem ser ampliados, para que se tornem
perceptíveis detalhes importantes. Objetos situados a grandes distâncias,
inacessíveis portanto, precisam ser apresentados sob forma de modelos. O
formato de uma nuvem, a forma do sol, da lua, só podem ser apreendidos pelos
alunos através de modelos miniaturizados.
Mapas
Os
mapas políticos, hidrográficos e outros, podem ser representados em relevo ou,
no caso do primeiro, por justaposição das partes (encaixe). Mapas em relevo
podem ser confeccionados com linha, barbante, cola, cartolina e outros
materiais de diferentes texturas. A riqueza de detalhes num mapa pode
dificultar a percepção de detalhes significativos.
Livro didático
O
emprego de desenhos, gráficos, cores nos livros modernos vem dificultando de
forma crescente sua transcrição para o Sistema Braille. Este fato impõe a
adoção de uma das seguintes soluções:
-
adaptação do livro para transcrição em Braille;
-
elaboração de livros especiais para cegos.
A primeira solução pode acarretar perda de fidelidade quanto
ao original, daí a necessidade de tais adaptações serem feitas por pessoa
realmente especializada na educação de deficientes visuais. A segunda, embora
atenda às peculiaridades do aluno cego, é onerosa e lenta na elaboração,
decorrendo, assim, dificuldades em sua aplicação quando inexistirem recursos
materiais indispensáveis.
Livro falado
É
o livro gravado em fitas cassete. De ampla utilização no Brasil, constitui
eficiente recurso como livro didático no segundo grau e no ensino superior. A
utilização do livro falado, no primeiro grau, deve limitar-se tanto quanto
possível, à literatura ou aos didáticos de leitura complementar.
Avanços tecnológicos
O
grande avanço tecnológico verificado nos últimos anos vem proporcionando,
também à educação especial, recursos valiosos para o processo
ensino-aprendizagem, inclusive com a utilização de equipamentos de informática.
Entre esses recursos podem ser destacados:
Sistema de leitura ampliada
Circuito
Fechado de Televisão (CCTV)
Apresenta-se
monocromático ou colorido, podendo ampliar até 60 vezes o tamanho de um caractere
e funciona como periférico, acoplado a um microcomputador.
Programas
(Softwares)
Providos
de recursos para ampliação de caracteres, permitindo sua leitura em monitores,
bem como sua impressão.
Thermoform
Duplicador
de materiais, empregando calor e vácuo, para produzir relevo em película de
PVC.
Braille falado
Minicomputador,
pesando 450g e dispondo de sete teclas através das quais o aparelho pode ser
operado, para edição de textos a serem impressos no sistema comum ou em Braille.
O Braille Falado, conectado a um microcomputador, pode ser utilizado como
sintetizador de voz, transferir ou receber arquivos. Funciona ainda como agenda
eletrônica, calculadora científica e cronômetro.
Microcomputador
Equipamento
que amplia recursos na área da educação especial, na vida prática e em atividades
profissionais dos deficientes da visão. Os computadores existentes no mercado,
providos de programas específicos e de diferentes periféricos, podem ser
operados normalmente pelas pessoas cegas. Entre os periféricos, podem ser
destacados:
Sintetizadores
de voz
Conectados
a um computador, permitem a leitura de informações exibidas em um monitor.
Dentre as diferentes modalidades produzidas em outros países, inclusive com voz
sintetizada na língua portuguesa, destaca-se o DOSVOX, desenvolvido pelo Núcleo
de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Terminal
Braille (Display Braille)
Representa,
em uma ou duas linhas, caracteres Braille correspondentes às informações
exibidas em um monitor. Os caracteres Braille são produzidos por pinos que se
movimentam verticalmente em celas, dispostas numa placa, geralmente metálica.
Impressora
Braille
Existem
hoje, no mercado mundial, diferentes tipos de impressoras Braille, seja para
uso individual (pequeno porte) ou para produção em larga escala (médio e grande
porte). As velocidades de produção são muito variadas. Essas impressoras,
geralmente, podem imprimir Braille interpontado ou não em seis ou oito pontos,
bem como produzir desenhos. Algumas impressoras Braille podem utilizar folha
solta, mas a maioria funciona com formulário contínuo.
Scanner
de Mesa
A
transferência de textos impressos para microcomputadores (via scanner) vem
alcançando ampla utilização entre estudantes e profissionais deficientes da
visão. O texto digitalizado pode ser lido através de um sintetizador de
voz de um terminal Braille, impresso em Braille ou no sistema comum ampliado. O
scanner pode ser operado com facilidade por um deficiente visual.
Sistema Operacional DOSVOX
O
Núcleo de Computação Eletrônica da UFRJ (NCE) vem se dedicando à implementação
de um sistema destinado a atender aos deficientes visuais que desejem utilizar
computadores para desempenharem diferentes tarefas. Neste sentido, foram
desenvolvidas as seguintes ferramentas computacionais:
-
sintetizador de voz portátil que possibilita a produção de fala, ainda que o
computador não possua placa de som;
-
sistema operacional complementar ao DOS, destinado a produzir saída sonora com
fala em língua portuguesa;
-
editor de textos;
-
caderno de telefones, agenda de compromissos, calculadora, relógio, jogos etc.;
-
utilitários para acesso à INTERNET, para preenchimento de cheques e outros.
O Sistema DOSVOX alcançou ampla
aceitação em todo o Brasil, registrando-se várias centenas de usuários, muitos
deles, estudantes de diferentes níveis de escolaridade.
O Instituto Benjamin Constant mantém cursos do Sistema Operacional
DOSVOX, e possui um Laboratório de Pesquisa em Computação para Deficientes
Visuais em cooperação com a Universidade Federal do Rio de Janeiro.
SITES PARA CONSULTAS:
POR: TAMARA MARINS.
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